“Miguelaves é Miguelaves, uma cidade de um comportamento adverso” já dizia o Custodinho do alto da sua irreverência, quando nos encontrávamos para falar das coisas que aconteciam por lá. E eu completava: aqui o dono do cavalo anda na garupa se não quiser andar a pé.
Hoje, diante de tantas coisas que acontecem já há que diga que o dono do cavalo já perdeu até a garupa. E não é pra menos, pois ao longo dos últimos anos aconteceram umas tantas e boas que deixam qualquer um encimesmado.
Como dizia o coronel Odorico do Bem Amado: “vamos deixar os pratrasmente e falar dos finalmente”: Em dezembro passado uma jovem de nome Maria Célia de Sousa Lima, teve morte precoce após um complicado trabalho de parto. A sua mãe, dona Maria da Luz, transtornada de dor pela morte da filha e indignada com a negligência por parte do hospital, clamou por justiça. Com justa razão.
De acordo com a denúncia feita por dona Maria da luz, Algumas ofertas lhe foram oferecidas como: reforma da casa, dinheiro, inclusão dos seus netos nos programas assistenciais da prefeitura, pra ela não falar mais no caso. Coisa feia, né? Vida tem preço?
Pois bem, vira e mexe, lá vai o Odivan pra rádio Pontual, no dia 31 de dezembro. Ué, o Odivan na Pontual do Nonato Pereira, lado a lado com o Junior Lacerda no mesmo stúdio? Surpresa ou final dos tempos? Nem uma coisa nem outra. Ele subiu morro por uma causa justa – levar ao conhecimento da população declarações bombásticas da mãe da jovem falecida, já que a sua rádio São Miguel tá fechada.
Coitado do Odivan. De noite, vestiu uma beca mais ou menos, foi com a família pro revellion na praça e quando menos esperava, foi agredido pelo Tião e o Pingo. Fiquei até surpreso quando vi a confusão, pois ainda não estava sabendo os motivos que levaram os milianos a agirem da forma como agiram. É que o Tião é agente de saúde do município e foi citado pela dona Maria da Luz no caso das ofertas. Ah bom!
É Odivan, Miguelaves é assim: quem denuncia a corrupção e as injustiças é algemado e preso, é agredido e ainda não lhe dão o direito de registrar um Boletim de Ocorrência, enquanto isso os denunciados e os agressores andam livre e soltos, sob as bênçãos da impunidade e a proteção dos seus chefes. “Eu só queria entender’! Será que estamos de volta aos velhos tempos do “escreveu não leu o pau comeu”? Será!?
Depois de tudo isso, não tenho mais dúvida em dizer: Miguelaves é Miguelaves!! Se melhorar piora.