Sábado próximo passado, na residência do Odivan Torres, por ocasião do aniverásrio de sua esposa, Marcela magalhães Torres, estavam juntos três ex-prefeitos, Nonato Pereira, Ivan Torres e Walter Sá e o vereador Edmilson Caburé, presidente da Câmara Municipal. Entre um gole e outro de cerveja a política foi papo preferido. O clima entre eles estava tão bom que a conversa varou a madrugada. Ocasionalmente estive sentado à mesa com os ilustres convidados, oportunidade em que ouvi atentamente as versões de cada um.
Ao ver aquela mesa farta de líderes, bateu-me um punhado de surpresa e a lembrança de um dito popular muito usado em ocasiões surpreendentes: quem ti viu, quem te vê. Odivan e Dr. Nonato frente a frente, num papo leve, recheado de idéias supostamente convergentes, com os olhos fitos no futuro, deixando o passado adormecido na cama do tempo.
Mas tudo isso faz parte da política. O encontro de sábado à noite na casa do Odivan pode ser atribuído ao milagre de sua senhoria a esponja, um artefato doméstico de grande utilidade que passou a ser útil também na política, para apagar todas as linhas mal traçadas e todas as palavras escritas indevidamente numa página que deve ser virada, conforme disse o ex-prefeito Nonato Pereira.
Ao ouvir declarações de um e de outro pude perceber que a esponja vai unir os até então desunidos, que viviam como cão e gato. Na verdade, em política tudo é possível. O impossível é Deus pecar. E quem viver verá uma eleição em 2012 onde os contrários de ontem estarão todos juntos de mão dadas, falando rosado para o povo: estamos unidos pelos bem de Miguel Alves. Será que é verdade? Há quem não acredite nessa tese.
Naquele encontro regado a cerveja, Miguelaves como sempre, foi o tira-gosto mais degustado. Aliás, Miguelaves já vem servindo de tira-gosto faz é tempo. Tem gente pançuda de tanto degustá-lo. E como tem!