Quem foi aos festejos de São Miguel Arcanjo e teve a curiosidade de atentar para a estrutura de nossa cidade de Miguel Alves certamente percebeu que a situação não é nada boa. A idéia que passa pela cabeça das que visitam Miguel Alves é de uma terra sem comando, sem brilho e sem futuro. O pior de tudo é a gente ouvir esse tipo de comentário e silenciar por falta de argumentos, uma vez que é muito difícil contestar o óbvio. Mesmo assim, diante de tanto sofrer, Miguel Alves ainda é uma cidade que atrai as pessoas, principalmente no período dos festejos de São Miguel, natal e revellion.
E o que falta então para Miguel Alves sair desse estado de estagnação em que se encontra há muito tempo? Há quem diga que falta vontade política dos seus governantes. A princípio discordo em parte dessa tese por entender que essa vontade política suscita duas interpretações. A primeira está relacionada exatamente com o querer de cada um de estar na política para chegar ao poder e assim fazer valer outras vontades que alimentam interesses e vaidades pessoais. A segunda, a verdadeira vontade política que na sua essência tem outro sentido, o da transformação social e política do município, não é praticada por uma visão equivocada dos nossos políticos. É nesse ponto que Miguel Alves encalha.
E o que fazer então? Continuar ouvindo e aplaudindo as mesmas vozes do passado e do presente? Ou buscar em outros cantos novos encantos para enxugar o pranto de um povo que sofre tanto por acreditar nas falsas promessas. Talvez seja essa a grande questão a ser pensada. Uma idéia a ser trabalhada, tendo em vista que Miguel Alves não suporta mais ser disputado à base de aleivosias, calúnias e xingamentos. Como disse o Amauri: “… Construir uma relação sincera e honesta com o POVO, sem mentiras e falsas promessas. Construir EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA POLÍTICA, LIBERDADE DE EXPRESSÃO SEM REPRESSÃO. Construir mudança de POSTURA…”
Este é, portanto, o sentido: Construir para evoluir. Quem carrega esse bastão? Eis a questão. Responda quem souber, como diz a canção.
