Laurentina Maria da Paz Rêgo foi na sua juventude uma das mais belas miguelalvenses de sua época, dotada de uma personalidade “ ímpar” sempre reservada, comedida com tudo o que destinava a fazer. Foi professora do Grupo Escolar Mariano Mendes, e esta jornalista Graciete Trores teve a grande honra de ser uma de suas alunas nos ensinamentos de suas primeiras palavras em sua terra natal. Quando nasci, meus pais decidiram para que ela fosse a minha madrinha de Batismo, meu pai, José Pereira veio então em sua residência para convidá-la, e ela respondeu:
Não sou eu José Pereira, e sim, minha outra irmã, referindo a professora Maria do Carmo, por ser mais comunicativa. Papai repetiu:
È a Senhora que será a madrinha de minha filha Graciete que nasceu recentemente! E ela agradeceu, aceitando o convite, sendo o seu padrinho de batismo, seu irmão Jesus Rêgo.
Quando adolescente, eu costuma vir muito aos festejos de São Miguel Arcanjo, e sempre era a sua convidada para o almoço no dia do padroeiro, 29 de setembro, em sua residência ainda no Casarão da Família Rêgo. Professora Laurentina gostava muito de conversar com esta sua afilhada, sempre costumava perguntar pelo meu filho Pablo, e pelos compadres José Pereira e Maria Ester(in memoriam).
Madrinha Laurentina nunca se afastou de Miguel Alves, cidade onde nasceu, e aqui era tudo isto para ela. Lembranças quando esta jornalista, Graciete Torres ia ao “lojão dos Regos” para tomar a bênção e aí a conversa era longa para saber como estava sua afilhada. Sempre muito reservada, tive o prazer de ser escolhida pelo pai celestial para compor o seu circulo de grandes amizades.
Falar de Laurentina Rego, professora renomada nesta cidade, e muito respeitada por seu trabalho durante várias décadas à frente da Educação do nosso município, é dizer que como ser humano soube muito bem honrar sua vida, com muita dignidade e saber ter o seu grupo de amigos que faziam parte de sua reserva moral.