SAÚDE EM DESTAQUE
Por Colunista Social Nilo Araújo
Em 14 de abril de 2022
A carreta é equipada com cinco consultórios e um posto de coleta de exames destinados às ações que favoreçam a busca ativa de casos novos de hanseníase. E é utilizada também para treinamento de equipes municipais sobre diagnóstico precoce da doença, tratamento, prevenção de incapacidades e promoção em saúde.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e reduz a sensibilidade da pele. Geralmente ocasiona manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com perda ou alteração de sensibilidade em áreas como mãos, pés e olhos, mas também pode afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias (tosse, espirro, fala e respiração).
Após o diagnóstico, os pacientes recebem o tratamento completo por meio de medicamentos da Novartis doados à Organização Mundial da Saúde (OMS), que os repassa a países como o Brasil. O tratamento poliquimioterapia (PQT), que está disponível gratuitamente em toda a rede pública do Brasil, cura a hanseníase, interrompe sua transmissão e previne as deformidades.
Além do atendimento à população, a Carreta realiza o treinamento de profissionais da área da saúde pública em parceria com a Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (DAHW).
O projeto é resultado de uma parceria com o Ministério da Saúde, com apoio do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), que buscam a erradicação da doença até 2020.
O tratamento da hanseníase interrompe a transmissão e previne deformidades. Fazendo o tratamento corretamente e dependendo da hanseníase, o paciente poderá está curado entre 6 a 12 meses.