O mercado público de Miguel Alves vive situação de abandono. Algum tempo atrás em Miguel Alves, quando um prefeito assumia a primeira ação era fazer a reforma do mercado municipal. Às vezes a reforma se resumia na pintura externa do prédio para colocar na fachada a logomarca e o slogan da sua administração, e causar assim aquela sensação de mudança e de trabalho.
Observando atentamente a cor do mercado público de Miguel Alves se percebe que faz muito tempo que as suas paredes, tanto na parte externa quanto interna, não recebem uma mão de tinta.
Quem chega a Miguel Alves e vai para o mercado tomar café na banca da dona Maria do Juju, ou comprar peixe, frango, carne, verduras e/ou condimentos, ou ainda comprar um prato de comida se assusta com a situação do velho mercado Antonio Policarpo. Calçadas, paredes, sanitários e pias deterioradas, além da teia de aranha que se espalha pelas paredes e do mau cheiro provocado por morcegos, ratos e baratas. Até a balança grande que é utilizada para pesar carne é um retrato vivo da sujeira que predomina naquele centro de comercialização de produtos que necessariamente devem ser expostos em locais limpos e higienizados, por uma questão de saúde pública. Mas não é isso que se vê no mercado de Miguel Alves. A limpeza e higienização passam é longe de lá e a vigilância sanitária do município não cumpre com o seu dever de casa.
A situação do mercado é crítica. Os permissionários não estão nada satisfeitos. Alguns deles que pediram reserva dos seus nomes, reclamam, pois pagam todo mês uma taxa pelo uso dos boxes, que alguns chamam de taxa de conservação. Conservação de que afinal? Da sujeira, da teia de aranha, do mau cheiro provocado pela presença indesejável de morcegos, ratos e baratas? Com a palavra a Vigilância Sanitária do Município. Se é que ainda existe.
Em tempo: recentemente a Câmara Municipal pediu a interdição do matadouro municipal sob a justificativa de falta de higienização no abate e no transporte de animais. Tá na hora dos vereadores pedirem a interdição do mercado, até que a prefeitura tome a iniciativa de fazer uma reforma completa nas suas dependências e adotar medidas que preservem a limpeza e higienização do local.